segunda-feira, abril 26, 2010

Gazela entende Nietzsche

Toda gazela em algum momento da vida passa pelo que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) explica como sendo o ‘eterno retorno’. Nada mais é que um escolher viver de novo a experiência, mas buscando um novo caminho, numa perspectiva de virar o jogo, em fazer diferente.

A gazela acorda com uma vaga insatisfação. Muitas vezes também acontece assim, no meio da tarde, ou no meio daquela reunião em que se pega pensando: ‘o que é que eu estou fazendo aqui?’. Essa pergunta vai gerar um incômodo enorme, que pode durar dias, semanas e ela não vai saber explicar.

Mas o que se tem como única certeza, neste exato momento, é que não vai dar para tocar o barco do jeito que está. Aí depois vem um friozinho na barriga, daqueles que sempre vêm quando as gazelas já sabem que precisam fazer alguma coisa, mas o medo as faz pensar duas vezes – é a famosa hora da mudança. A expectativa passa a ser diferente, pois começa a se perceber que agora é hora de buscar metas mais viáveis, sem tantos sonhos insensatos. E também não se quer mais perder tempo buscando culpados, pois o que se tem como foco é buscar novas saídas.

O medo de mudar vem, mas passa, depois de alguma reflexão. As expectativas são diferentes porque agora é hora de revirar aquelas primeiras metas já feitas: perder 5 quilos, procurar um novo emprego, terminar um namoro ou casamento, mudar de cidade. Decidir não mais encontrar aquela pessoa que lhe dá tanto desgaste, contando tudo de ruim que só acontece com ela. São tantas mudanças possíveis...

Existem, neste momento, mais opções do que se imagina, mas cada decisão representa um impacto em sua e na vida dos demais. E mais, saber o que quer não a isenta de decisões equivocadas – mas o risco pode ser reduzido pelo planejamento, mas nunca extinto, eliminado. E a sabedoria da mudança também está aí. Mas o bacana, deste momento, é que ele é capaz de gerar uma grande revolução. Revolução para viver o retorno de forma diferente, de peito aberto e com a sabedoria, adquirida com todas as experiências anteriores, que a fizeram agora uma gazela melhor.

quarta-feira, abril 14, 2010

Receita que estão me pedindo

Na Páscoa, lá na casa da mamãe fizemos um almoço super gostoso mas a delícia mesmo ficou por conta da sobremesa, que minha mãe aprendeu com uma amiga, que tem restaurante no Parque das Abelhas, em Tiradentes, Minas Gerais. Mamãe me contou que a sobremesa também é servida em alguns restaurantes daquela cidade, como o Traga Luz, por exemplo, que já apresentou a receita no programa Mais Você, da Ana Maria Braga.

Vai aí a receita:
Frite uma fatia grossa de goiabada na frigideira anti-aderente com uma colher de chá de manteiga. Coloque-a no prato de sobremesa e salpique castanhas trituradas (compre já pronta; vende em saquinhos no supermercado). Depois acrescente uma colher de sopa de requeijão mineiro (vende aqui em Belo no Mercado Central e já vem num saquinho de confeiteiro - é melhor que aqueles em copo, do supermercado) ao lado da goiabada e uma bola de sorvete de creme. Por último, jogue por cima do sorvete uma colher de geléia de goiaba. Se não tiver a geléia em casa, pode prepará-la, dissolvendo a goiabada com um pouco de água em fogo baixo, no fogão.
Pessoal, é uma delícia!!!

Teoria da Gazela (no.2) – Um quê de Ana Bolena...


Não sei se você já assistiu ao filme “A Outra”, baseado no romance da inglesa Philippa Gregory, A irmã de Ana Bolena. O filme, que foi lançado em 2008 e já está disponível em vídeo há pelo menos um ano e meio, conta a história da família Bolena, que por luxúria e cobiça, passou a fazer parte da corte real inglesa, entregando aos caprichos do rei Henrique VIII as duas filhas, Maria e Ana Bolena. O filme é bastante interessante por diversos aspectos históricos e também por causa de suas abordagens sobre os jogos de poder e as ‘armas de sedução’ femininas, mostrando como duas mulheres da mesma família conseguiram estimular e envolver um mesmo rei em suas artimanhas amorosas.

A personagem Ana Bolena me fez lembrar um pouco a Teoria da Gazela. Sua astúcia em não ceder aos desejos do rei é de dar inveja em qualquer gazela que se preze! Tudo bem que depois começaram a dizer que ela tinha ‘enfeitiçado’ o rei, e foi por causa de sua meta ambiciosa de ser ‘querida por todos’ (incluindo o rei), que ela se perdeu no meio do caminho e acaba se dando mal – todos sabem que ela foi decapitada, a mando do próprio rei. Mas seu jogo de sedução do ‘caçar-fugir’, um dos pilares desta Teoria é de deixar caçadores e gazelas de boca aberta! Ana Bolena faz o rei romper com a igreja católica e ser o primeiro rei da história a ter um divórcio. Ela ganha o trono e tem um homem literalmente enlouquecido por ela. Ufa!

Vale dar uma olhadinha no filme e depois me contar. Reflitam sobre o momento em que ela se perde. Pode ser que pela mesma razão você tenha perdido alguma vez aquele ‘rei' tão bacana, porque, cá entre nós, não dá pra fugir sempre. As relações ganha-perde muitas vezes têm de se inverter para o perde-ganha. Lembre-se disso, mas não perca seu estilo Ana Bolena, quando for iniciar a próxima investida. Um ‘quê’ de Ana Bolena tem sempre seu lugar.


Título Original: The Other Boleyn Girl
Gênero: Drama
Duração: 115 min.
Ano: EUA/Inglaterra - 2008
Site Oficial: www.sonypictures.com/movies/theotherboleyngirl
Distribuidoras: Columbia Pictures/Imagem Filmes
Direção: Justin Chadwick
Roteiro: Peter Morgan, baseado em livro de Philippa Gregory

sábado, abril 03, 2010

Teoria da Gazela n 1 - Açúcar ou Adoçante?

Todos nós já ouvimos esta pergunta do garçon: Açúcar ou adoçante, senhor?

Para o cafezinho, para o suco, independente se você é gordinho ou não, se tem diabetes ou não, enfim, adoçante ou açúcar e uma das muitas escolhas a se fazer na vida.


Na Teoria da Gazela, açúcar e adoçante são mais que isso. Existem homens e mulheres que são açúcar ou adoçante, mas a diferença é que não se sabe identificá-los muito bem no início e isso pode trazer grandes prejuízos para sua saúde e seu coração. Mas a Teoria está aqui, para lhe ajudar a aprender a distingui-los.

Açúcar é doce sempre. Açúcar ninguém pode deixar de ter; te tranqüiliza quando você leva um susto. É só por uma colherzinha dele no copo d’água, beber e pronto, tudo volta ao normal, já diziam nossas avós. Açúcar enche nosso coração. Homens açúcar são assim – doces. Se você mistura com outros ingredientes então, vira até bolo! Cheiro bom quando derrete e vira calda. Hummm. Mulheres açúcar fazem ‘docinho’, mas afagam, aconchegam, enchem a boca dos homens d’água.

Mas os adoçantes não são assim. Eles parecem açúcar, mas no final, fica o sabor amargo. Mudam todo o sabor da vida. O que é doce, aconchegante e cheio de carinho no início, mostra no fim um lado amargo, que ninguém quer. Em doses pequenas, prometem milhões de coisas, manter sua linha, cuidar de você, mas na verdade são um perigo! Em grandes quantidades, podem até causar câncer.

Mas como identificar se aquele homem ou aquela mulher são açúcar ou adoçante? Simples. Em uma semana, faça uso contínuo – de manhã, de tarde, de noite. Se você achar que está rindo demais, despreocupado demais, feliz demais, pode ter certeza que fez uso de um autêntico açúcar. Porém, se depois desse uso intensivo, você achar que não caiu bem, que em algum momento ficou decepcionado, se não riu tanto assim, pode ter certeza que era adoçante.

As mulheres que usam açúcar têm sempre grãozinhos deles no canto dos lábios. Mulheres gostam mais de açúcar que os homens, dizem as pessoas. Mas eu garanto que é por esta razão que os homens apaixonados quando as beijam, dizem que elas têm um beijo doce, sabe? Daqueles que ‘encaixam’.

É isso, não esqueçam: com açúcar, tudo fica melhor.
Não usem adoçantes, nunca!